A mais pura felicidade

Havia sido presa, apedreijada, colocada de lado.

Terceiro renascimento. Ou posso chamar de terceira evolução?

Pois bem.

O primeiro renascimento foi o mais sofrido. Foi difícil pra cacete (por falta de expressão melhor), foi o menos esperançoso (ou posso dizer: o mais decadente). Não consigo explicar o que aconteceu, porquê aconteceu e em que época, exatamente, aconteceu. Foi o primeiro passo para retormar o caminho que eu havia me distanciado, representado por esse texto:

"Não estou totalmente curado, mas sei que pelo menos 51% de mim está, pois numa empresa, quando você tem a maioria das ações, você está no comando... Acho que essa capacidade de se curar muito rápido é típica dos hiperativos... Não podemos esperar muito tempo." (Escrito em 6 de janeiro de 2011)

O segundo renascimento, bem... Foi o marco de independência. Foi quando eu comecei a voltar as origens e regredir minhas moralidades. Um niilismo auto-aplicado inconscientemente a fim de restabelecer o que havia perdido. Não sabia o que eu tinha perdido e nem o que estava fazendo, mas nossa alma é incrível e faz boa parte de seu trabalho inconscientemente, sem depender de seu consciênte.

Marcado pelo poema de ceticismo do dia 28 de janeiro.

O terceiro renascimento foi o mais belo. Advindo de uma simples questão ("O que devemos fazer?") e instigado por um livro ("Quando Nietzsche Chorou"), esse último nascimento despertou o filósofo que havia em mim, que estava morbidamente congelado, e toda sede que eu havia pelo conhecimento e racionalidade. Todo propósito de vida fora retomado e todo vazio, assim, preenchido com algo que realmente PREENCHE o espaço. O que seria a felicidade, senão a satisfação? E quando a satisfação é completa, a felicidade é pura.

Fui enganado por um sentimento mentiroso, sedutor, falso de preenchimento e felicidade. Troquei o meu propósito por uma comodidade de felicidade barata, representada pelo desejo de fazer algo divertido no trabalho, pelas relações afetivas apaixonantes e pela espiritualidade (como disse Andre Caician: "Espiritualidade é só um entorpecente barato"). Uma maneira fácil de ganhar migalhas.

A queda foi lenta e imperceptível, durou uns três anos. O renascimento, alguns meses, longos meses. Tenho nada a comentar sobre ela, pois ainda estou analisando suas razões. Por enquanto apenas aconteceu! =P

Voilà